Versos sem Nome

Não é justo que a poesia sofra tanto

Me flagrei hoje, novamente, massacrando os versos

Escrevendo de tristeza e fazendo chorar as palavras

As vezes a alegria me esvai de uma vez só

Quando as imagens vêm ela vai, e demora voltar

Muita gente sabe o tamanho do tempo do inverso

Sem saída, escrevo. Não para mim, descobri

Mas para sarar a dor da mágoa amiga e poetisa

Quase todos sabem, ou vivem uma amizade incoerente

Optei por isso, por vezes a angústia, sempre valendo a pena

Medo de sentir solidão amando e doente

É saber geral que a ausência é viva mesmo em companhia

Tento não transpor a barreira da tristeza com a raiva

Minha vida, lá no fundo, mesmo sendo eu, sou maior que isso

Eu sei, você também sabe, demora um pouco mas a alegria há de voltar.

Natal
Enviado por Natal em 16/08/2007
Código do texto: T609194
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