Resiliente
Não me perguntes mais sobre esse assunto
Não há mais lugar em mim, para se guardar coisas do tipo
Ainda sangra meu peito, ainda ouço meus soluços de dor
Não me fale, de tua amargante desilusão, reconsiderei o meu eu
Amei sem consequência, como de fato de se deve amar
Amei sem reservas, como de fato deve amar
Amei sem custo, sem preço; amei de fato, sem trato
Amei tanto quanto pensei que fosse amado
Mas, qual! Nada nesta vida é livro da ilusão
No amor é um sonho livre, para uma queda livre
Andar à frente é correr riscos necessários, e tudo sofre
Sofre o amor, sofro eu e você, sofre tudo e nada cala
Agora você vem me dizer que não pensou!
Que foi tudo tão logo, tudo tão...tão...
Olha só! Nem palavras tens para dizer que não penastes em nada
Recolho meus pés, recuo meus passos, nada quero, só distância.
Nunca mais verás meus veros alegre, alegria não tenho
Nunca mais terás meus beijos, secou, sê-me a boca, então nada tereis de ti
Nunca mais ouvirás meus sussurros poéticos enquanto amas
Nunca mais sentirás minhas na tua pele, terás frio à noite
Recolher-me-ei trancafiando meu coração amargo
Não chame mais por meu nome, não a ouvirei
Não busque meus versos, eles fugirão do sentido
Voltarei a ser que eu era, sou o que agora preciso para continuar a viver.