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CALABOUÇO

Estive no escuro, sem sinal,       
quase sem ar!
Nada que me fizesse ver
por mais sombrio e frio,
um flash de esperança,
de alento,de mudança.
Dias que pareciam anos,
tão distante estive
na clausura do calabouço,
que chamei "fundo do poço"...
sem limites para os maus presságios
meu choro abafado... me sentia perdida!
Absorta no meu silêncio,
não tinha forças,nem coragem
de limitar o que pensava.
Os dias passavam devagar
minha dor aumentava.
Perplexa ficava, amarga, angustiada,
pois,nenhuma lágrima derramava.
Estava tudo guardado:
meus segredos, minhas vontades,
meus medos e ... minha SAUDADE!
Nada mais havia !
Meu pranto estava enrustido
pois nem forças eu tinha pra chorar.
Porém,como nada nessa vida é definitivo
aqui estou...
confusa ainda ... na metade desse poço
preenchendo o meu vazio,
procurando o meu ar...
um sinal apenas que me faça ver
que, apesar dos desencantos
eu nasci prá viver !!!!

 
( Leila Azevedo )  
Só preciso de ar pra prosseguir, na saída do calabouço por onde permaneci ...
                             
- 2008 -                  
                                        
 
Leila Azevedo
Enviado por Leila Azevedo em 11/09/2017
Código do texto: T6110539
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