LÁGRIMAS

Os meus olhos marearam

Transbordando lágrimas sentidas

A incompreensão do mundo

Em cada lágrima escorrida

Chorei um rio caudaloso

Pedindo aos céus um rasgo de luz

As lágrimas me embotando a visão

Desta jóia rara que já não reluz

Triste e feliz ao mesmo tempo

Caem-me os ombros à realidade doída

Traduzindo a dor e o pão

O pão da vida, a dor da lida

Às batalhas de todo o dia

Esperando dar sentido a vida

Abençoada e triste caminhada

Por caminhos aborrecidos

E os meus olhos, ao contemplar o mundo

Não reconhecem, nem são reconhecidos

Daniel Amaral

Daniel Amaral
Enviado por Daniel Amaral em 18/08/2007
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