Pulsos cortados.

Estou em sangue me esvaindo

E para as sombras partindo.

Meus pulsos abertos estão

Derramando este líquido vermelho e pútrido no chão.

A lâmina minha carne dilacerou

E os laços com esta existência dolorosamente cortou.

As forças estão me abandonando

E a visão,lentamente,turvando.

É difícil raciocinar

Palavra alguma posso pronunciar.

Em instantes vou desmaiar

Para não mais levantar.

Meus segundos vão se esgotando

O anjo da Morte está chegando.

Meu corpo frio sua

Encharcando minha pele nua.

Cometi este ato talvez em um momento de destino

Mas agora vou ao encontro de meu destino.

Estou farto de me lamentar

De não ter algo pelo qual lutar.

A Tristeza ao meu peito dor causou

O Fracasso de mim sempre zombou.

E agora estou nesta cama deitado

Fitando o teto,angustiado.

Finalmente estou chegando ao fim

Desta jornada,na qual ninguém gostou de mim.

Parto tranquilo porque não farei ninguém chorar

Lágrimas na minha lápide não vão derramar.

E minha heroína,mãe tão querida

Perdoa este teu filho que,tão covardemente,abandona a vida.

Emerson.

Arcanjjus Negrus
Enviado por Arcanjjus Negrus em 20/08/2007
Reeditado em 28/04/2009
Código do texto: T616030