Pulsos cortados.
Estou em sangue me esvaindo
E para as sombras partindo.
Meus pulsos abertos estão
Derramando este líquido vermelho e pútrido no chão.
A lâmina minha carne dilacerou
E os laços com esta existência dolorosamente cortou.
As forças estão me abandonando
E a visão,lentamente,turvando.
É difícil raciocinar
Palavra alguma posso pronunciar.
Em instantes vou desmaiar
Para não mais levantar.
Meus segundos vão se esgotando
O anjo da Morte está chegando.
Meu corpo frio sua
Encharcando minha pele nua.
Cometi este ato talvez em um momento de destino
Mas agora vou ao encontro de meu destino.
Estou farto de me lamentar
De não ter algo pelo qual lutar.
A Tristeza ao meu peito dor causou
O Fracasso de mim sempre zombou.
E agora estou nesta cama deitado
Fitando o teto,angustiado.
Finalmente estou chegando ao fim
Desta jornada,na qual ninguém gostou de mim.
Parto tranquilo porque não farei ninguém chorar
Lágrimas na minha lápide não vão derramar.
E minha heroína,mãe tão querida
Perdoa este teu filho que,tão covardemente,abandona a vida.
Emerson.