Pó do cinza
Escrevo teu nome
Na mesa
E na mesma
Vejo minhas lembranças
Como filme
Invoco o lápis
E rabisco fortemente
Sinto minha mão
E pulso doerem
Pela força
O lápis
Que se quebra
Depois de tanto
Desgastar sua ponta
Passo a mão
Sobre o pó do grafite
Querendo desaparecer
Com os riscos
Pra poder
Novamente ver seu nome
Sujando meus dedos
Pensando
Que por mais
Que eu tente fugir
Te encontro saindo
por meus poros
Levo minha mão ao rosto
Molhando-a com minhas lágrimas
Pintando de cinza
Minha face
Minha paz a se confundir
Com meu desespero
O branco e o preto
Misturados
Originam o cinza
Cinza é a cor
Do céu
Que vejo da minha janela
...Cinza...
O pó do cinza
É o que sou
O resto
De um mero mortal
Voando contra o vento
..Impossibilidades
Criadas pelo tempo