Malograda vida

pior que um corpo aprisionado

é uma alma aprisionada

a vida espreita a morte

e eu não sei por que,

como, para que, eu vivo:

sou cadáver malogrado

eu vivo, mas triste

duma tal tristeza

tão seca e tão sem poesia

vivo: tão ausente,

tão vaga...

quem me dera

se uma mão guiasse a minha

e se dissesse:

-Irmã minha, não sabes que o amanhã existe?

talvez um tímido sorriso

nascesse no fundo de minha miséria.

Anna Liz
Enviado por Anna Liz em 25/11/2017
Reeditado em 25/11/2017
Código do texto: T6181944
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