As Dores do Silêncio

É difícil transcrever o que se sente, quando se transcende e se perpétua, trazendo um maremoto de sensações, é difícil, é bem difícil.

O silêncio, é o silêncio ele foi o refúgio, a válvula de escape durante muito tempo, mas agora até o silêncio que antes era alento se fez.

Difícil, é difícil, ficou pesado e bem difícil permanecer no silêncio. Sempre foi tão fácil misturar-me ao escuro do silêncio e aquietar minh'Alma , só que agora é Difícil, o silêncio que antes acalentava-me hoje me açoita com chicotes cravados que rasgam e dilaceram, e agora dói, dói e como dói, mas ainda assim insisto em permanecer no silêncio, suportando as dores que hoje ele me trás, em pensar que um dia esse mesmo lugar me trouxe paz, me serviu de abrigo e esconderijo.

Quem me vê não percebi, as dores do silêncio encoberta pelo véu do sorriso que eu sempre ponho ao me apresentar, e as vezes , digo na maioria das vezes, chego a pensar "Existiu um tempo em que não era tão difícil suportar?"...

E torno a pensar, e penso sem parar, enquanto as dores me esmagam de forma avassaladora o pensamento voa e por uma fração de segundos ele pousa num jardim florido e colorido, onde a paz e a felicidade se faz presente, onde o amor clama pela gente, mas é proibido falar, é proibido ver, é proibido tocar, pois é puro demais, sagrado demais, é delicado demais, vem a dúvida sobre o que fazer: " Tocar ?" , "Ter?" Ou " Manter?" , vem uma voz e diz: " Cala-te, afasta - te, não és bom está aqui? Então parta e o deixe, retiro - me do paraíso suplicando ao infinito que o conserve assim.

Pelo silêncio e para o silêncio das inúmeras e barulhentas sensações eu regresso, com a esperança de manter a salvo o que é mais belo.

*Flor Kadupul*

Flor Kadupul
Enviado por Flor Kadupul em 13/12/2017
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