Solidão na multidão

Solidão na multidão

Mesmo estando numa multidão

Vivo só com a minha solidão

Meus sentimentos são invisíveis

Só, com seus momentos indivisíveis

Num mundo em que a minha alma quer festa

Às vezes nem me convidam para participar de uma seresta

Às vezes ficar no meu canto, é o que me resta

A alegria é remédio que dura pouco

Cura a tristeza em conta gotas

Não só eu vivo a procura dela por aí

Tem muitos que de tanto procurar, chegam a desistir

Sou invisível, preciso me pintar de felicidade

Romper meu casulo da clandestinidade

Remar a favor da corrente que me levará para um mundo visível

Estou aqui, estou disponível

Será que alguém vende Felicidade ou quem a tem é para consumo próprio

Meus gritos não fazem barulho, são gritos para dentro

Gritos que vivem sufocando o meu tempo

Jonas Luiz

São Paulo, 26/12/17

Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 03/01/2018
Código do texto: T6215909
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