Solidão na multidão
Solidão na multidão
Mesmo estando numa multidão
Vivo só com a minha solidão
Meus sentimentos são invisíveis
Só, com seus momentos indivisíveis
Num mundo em que a minha alma quer festa
Às vezes nem me convidam para participar de uma seresta
Às vezes ficar no meu canto, é o que me resta
A alegria é remédio que dura pouco
Cura a tristeza em conta gotas
Não só eu vivo a procura dela por aí
Tem muitos que de tanto procurar, chegam a desistir
Sou invisível, preciso me pintar de felicidade
Romper meu casulo da clandestinidade
Remar a favor da corrente que me levará para um mundo visível
Estou aqui, estou disponível
Será que alguém vende Felicidade ou quem a tem é para consumo próprio
Meus gritos não fazem barulho, são gritos para dentro
Gritos que vivem sufocando o meu tempo
Jonas Luiz
São Paulo, 26/12/17