(Leia também VENDAVAL)

A contar:...minutos após o VENDAVAL



Vitimados sofridos
Atormentados pra sempre                       
Perigo não revelado
Temor que faz sombra
Angústia

Dor que não se sente
Fatal, matou todos os sonhos
Vastidão estéril sem valor
Pra sempre o terror
Bate as costas o pânico
Desvalidos em silêncio
Choram pela paz presente
Que é mansa e é falsa
Pontes retorcidas
Valas abertas, buracos cobertos
Cicatrizes expostas
Tudo conspira á favor do medo
Quem sabe outra visita sinistra
Terrível pensar
O que fazer, para não pensar
Depois do que não passou
A esperança ainda é tímida
Precisa se soltar
Soltar as amarras presas ao pavor
Congeladamente quente e vivo na alma
Sabe-se que ainda é muito cedo
Dois dedos de açúcar com água
No único copo trincado que resta
Nervoso não passa,
Mais um dedo..., será melhor...
Amotinados contidos
Calados
Subtraídos na carne
? Um churrasco, talvez
Pra selar um recomeço
...apaguem ligeiro
Melhor nem pensar!