Canção chamada solidão

Não venha você com seu ímpeto,

Magoar o meu peito,

Com esse jeito dengoso

Não encha meu ouvido ,

Com poesia barata,

E nem pense ,

me iludibria,

com esse beijo,

gostoso.

Te digo até outro dia,

Me desculpe a franqueza,

e também minha fraqueza

De tanto rancor,

Este coração,

não consegue,

mais por ti balançar,

Ainda que em

meu corpo,

ainda sinta seu calor

Ainda dói quando

lembro das noites,

onde fazíamos,

mais que amor

Pintavamos pelas paredes,

nosso desejo gostoso,

Embaçavamos os vidros,

Com o vapor,

de nosso delírio quente

Foda como dói,

esse negócio de amor,

Abre feridas,

É difícil para nos recompor

Quarde para sí,

Suas palavras de afeto,

Pois oque ta feito,

Tá pronto é fato concreto

Leve suas roupas,

Não deixe seu cheiro por perto,,

Pois chances não te darei outras

Agora vou me bebedar com a lua,

E fazer poesia crua

Para estancar

em mim toda,

amargura...

Vá te reto,

Não quero que veja ás lagrimas,

E sinta piedade do meu fardo,

E fique à meu lado

Segurando minha mão,

com esse sentimento razo,

Prefiro a companhia

dessa canção chamada solidão!

Por Alexandre Samambaia