Alma negra Versos pobres
Que adianta saber o que quero,
Se só quero quem não posso poder.
E quem me pode querer, quer
Contudo não me pode ter.
Tão grande a tristeza que toma conta de meus atos,
Da minha mente e minha poesia,
Que ao fim de cada verso, esqueço os cognatos
Coisa que normalmente não faria.
Versos pobres como me permite o pensamento
Abalado pela melancolia da minha alma,
Que já é um peso maior do que agüento.
Mas escrever e contemplar muito me acalma.
A cada linha vejo na escuridão da tinta,
Refletir o negrume retinto de minh'alma.