Anjo noturno

Ressuscito

das trevas

de meus pensamento

Dos escombro

E ruínas que em mim

desconstruiu o tempo...

Refaço-me

das sagetas

e encruzilhadas estreitas

destas mil vidas

Busco força

entre as falanges

Que cá comigo estão

Buscando desta escuridão se libertar

Me reeconstruo

Me aprumo sobre

meu estandarte

Como um anjo noturno

Vôo entre chuva de canivete

Sobrevivente de tantas

hecatombes cosmicas

De uma prisão

em um buraco negro

chamado solidão

Vôo em direção a aurora

Lá diante do firmamento

Selarei meu destino

Tornarei me poeira

Um guerreiro bilenar

Que se vai em glória

Más deixa no mundo

sua marca cravada

E a data de sua volta.

Por Alexandre Samambaia