Reclamações!

Reclamações!

Quisera eu que meus ais

Reverberassem as paredes do infinito

E aplacassem a dor que corrói o peito meu

Que meu pranto nessas noites

Sorumbáticas e apocalípticas

Clame as benesses das hordas celestes

E as lágrimas que vertem rubras de meu rosto

Ilustrem sobre esse chão

Os clamores duma alma solitária

Que perdida, jaz amargurada

E que numa oração fragmentada

Frágil tal como sinto meu espírito

Possa reencontrar forças em meu martírio

Para mais um dia

Escarnecer minha condição de moribundo

Pedinte, pedante e errante

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 04/04/2018
Reeditado em 05/04/2018
Código do texto: T6299908
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