Império de nojeiras

Te dei meu império de nojeiras.

Agora sofro com sua partida.

Ao ver descendo essas ladeiras.

Sinto a minha alma transvestida.

Nossos castelos cairão pelo vento.

Foi construído por um baralho.

De uma cigana que previu o casamento.

E esqueceu que ainda sou pirralho.

Te levei pra jantar em minha casa.

Tu provou todos meus pecados.

Nem viu que pulei de cima da casa.

Achou que meus eus eram sofisticados.

Agora te vejo partir pela porta da frente.

Me deixando em milhares de pedaços.

Mas não cortasse a nossa linda corrente.

Não me deixe só, volta e me pega nos braços.