Máscaras de um fantoche

Pra quem desistia no primeiro impasse

Há meses que não permitir que me atrapalhasse

Essa rotina de querer tudo largar

Quando não agradasse o meu paladar

Hoje estou quebrado

Cheio de remendos e retalho

Mil e um pedaços

Enchendo e espalhados num saco

Eu disse que esse é meu pior momento

Não tenho como negar

Que vivo tão morto quanto respiro.

Não irei responder.

Me perdi no sobrado da minha história

Vi o tempo passar e perdi a hora

Continuo a procura-la junto da razão

Que uma vez esqueci deixando de ser são

Para a vertente que sigo, ando só

E para ilusão do qual me alimento,

Ando bem

Só que só.

Agora não tão só, ando devagar

Para acompanhar quem vem correndo

E esperando o momento certo

Para lhe dar a mão.

Não dói e nem dois

Nem três e nem sei

No meu quatro, o quarto está vazio

De seis, cinco e de nós.

Meus defeitos escondo-os no armário

Para assustar a criança que habita em mim

Para despertar o herói que reside aqui

Para mostrar o adulto tão racional

Que minhas múltiplas máscaras

São de um fantoche passado

E que agora está tudo errado

Certo de que é assim

E fim.

Petrus Sanctae
Enviado por Petrus Sanctae em 18/05/2018
Código do texto: T6339906
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