Mergulho dentro de Mim...
Pedras,perdas...
Tropeço sem querer
Nas calçadas que já
Nem olho do mesmo
Caminho que eu faço
E refaço.
O mesmo, em que me perco.
Me expondo,escondo-me.
O mesmo gosto na boca
A mesma rouca agonia
De estar tão cheia de vazios
Tão cheia de pedras,
Nos ombros que precisam
De mãos,de abrigo...
E nas mãos as mesmas flores
Que eu colhia,hoje sofrem
O temor de não serem
Mais poesias perfumadas.
É que o vazio,quando percorre
Aqui dentro, grita alto
Grita forte,e a mesma morte
Que leva o porto seguro
Também é silêncio
Dentro do muro alto
Em que me escondo...
E quieta,faço uma prece
E quem merece essa dor,
Que aguente...
Ser inocente agora...
Não alivia a minha culpa.