Mergulho dentro de Mim...

Pedras,perdas...

Tropeço sem querer

Nas calçadas que já

Nem olho do mesmo

Caminho que eu faço

E refaço.

O mesmo, em que me perco.

Me expondo,escondo-me.

O mesmo gosto na boca

A mesma rouca agonia

De estar tão cheia de vazios

Tão cheia de pedras,

Nos ombros que precisam

De mãos,de abrigo...

E nas mãos as mesmas flores

Que eu colhia,hoje sofrem

O temor de não serem

Mais poesias perfumadas.

É que o vazio,quando percorre

Aqui dentro, grita alto

Grita forte,e a mesma morte

Que leva o porto seguro

Também é silêncio

Dentro do muro alto

Em que me escondo...

E quieta,faço uma prece

E quem merece essa dor,

Que aguente...

Ser inocente agora...

Não alivia a minha culpa.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/09/2007
Código do texto: T634291
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