PALMOS (...)
Infórtunio dos passos,
Quebra dos ciclos,
Abaixo de si/nós, os palmos,
Uma nova realidade,
Se descortina,
Uma lágrima para cada retina,
Um sentir da inconformidade...
Uma parte que se vai,
Ao desabar da esperança,
Um olhar de desgraça,
Um ar sem graça...
Aos que partiram...
Em/para outra dimensão
São 7 os seus palmos,
Aos que ficaram...
O exalar do odor da dor,
O nó que aperta o coração
De cada lembrança...
A mágoa sem explicação,
O decifrar da razão,
De cada sorriso não visto...
A dor chega à superficie da alma
E o coração reduz-se no pranto...
E aos poucos se perde a aura
Enterramos os seus sonhos,
Estes tornar-se-ão pesados
Pois a terra não é leve, tapou o seu corpo,
Num silêncio profundo,
No escuro da dimensão desconhecida...
Há sete palmo de nós,
A sete palmos abaixo...
Onde talvez não nasça a alvorada,
Distante dessa triangulação da vida...
" A vida continua, mas a dor permanece "
(M&M)