Abutres do interesse

A raiva inadmissível pelo branco da paz

Que um dia, foi minha parede

Mas que hoje

É um quadro abstrato pintado em vermelho

Pedaço lá, pedaço aqui

Peças perdidas de um corpo abatido

Com os toques refinados que os já finados pedem com tanto fulgor

Desejo pútrido e sem sentido pela vontade de sentir

Vontade que mata, rouba destrói e faz mentir

Morram abutres carniceiros apelidados friamente de humanos

Nota-se o interesse formado no olho de cada indivíduo

Que torna-se a pior melhoria no coletivo

Criando gigantes nascidos para a guerra

Engolindo céus, mares e terras

Saciados com o odor despertado da destruição

Que seus filhos também sentirão

E alimentados por colheres vazias

Desejarão o prazer da inexistencia

Lamentando a perdição da sapiência.