NUVENS NA CIDADE.

Pesadas nuvens sobre a cidade,

Nuvens escuras e sombrias,

Apressadas elas choravam,

Choro de morte.

Lágrimas sem fim

Correndo para todos os lados,

Inundando ruas e avenidas,

Rios na selva de concreto.

A cidade dos apressados

Não se importa com isso,

Com nada aliás,

Exatamente nada.

Lá estava ele,

Olhar fixo para o céu

Sem nome

Sem destino

Sem esperança

Sem o direito de viver.

Lá estava ele,

Caminhando solitário

A beira daquela avenida alagada

Quando de repente,

Surgiu no horizonte

Um carro vermelho desgovernado.

Foi tudo muito rápido,

O andarilho sem nome estava bem ali

Quando o motorista bêbado

atropelou-o fugindo em seguida.

Estendido no chão molhado,

Ninguém veio ajudá-lo,

Sua vida foi levada,

Escorreu na água da chuva bueiro abaixo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 29/07/2018
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