Vertigens

Passarinho se aquieta na laranjeira

O sol vai passando na solidão dos

pastos, e ramalhetes, escondendo

na tarde.

indo embora os camponeses na

estrada empoeirada, deixando

rastos dos seus pés vermelhos.

A trégua da noite, é o silêncio, o vento

sacudindo o milharal, as tristes folhas

secas.

Os trabalhadores dormem com as

suas lamúrias,dos tempos ruins

nas suas orações, embalados nos

bons sonhos de arados e matas verdes.

A chuva que não cai, é vista como ouro

lapidando a terra rachada.

são vertigens do trabalho, quando

as sementes não prospera, ficam

perdidas nos lapsos de uma queimada.

na manhã volta o comboio de gente

com as suas ferramentas de trabalho

carregando suas melancólicas

para começar o dia.