SOZINHA

Longa, quente é a madrugada,
O vento se distancia,
Deve estar com a agenda lotada,
Travessias, harmonias, poesias.

Eu; fragmentada tela,
Olhos abertos, incertos na linha,
Uma notívaga debruçada na janela.

Na alma um lamento silente,
Amei, me entreguei tanto, de repente,

O fim. E eu não sei dormir sozinha.
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HLuna
SOLIDÃO

Fria, fria madrugada,
que se arrasta demorada,
teimando, tentando ficar.

Não entendo essa demora,
quero que se vá embora,
quero ver o sol brilhar.

Como é triste ser sozinha,
só contando estrelinhas
lá no céu, sempre a piscar.

Quem me dera ter você,
sem perguntas, sem por quês,
para meu corpo esquentar.