Passado Queimando

Em um instante destino

Como um altar desabado

Sem que se haja um motivo

Hoje todos fomos queimados

A memória em chamas grita

Um socorro que não se ouvirá

Mesmo que não pareça

Estamos todos a queimar

Seja pela simples faísca

Ou pelo descuido de outrem

Não importa o que se diga

Somos corpos incinerados

Uma história que marca vidas

Um memorial de importância

Vejo em minhas lágrimas secas

Um fogo que em si desencanta

As chamas pareciam dançar

Uma valsa deveras cruel

E os meus olhos perderam seu brilho

Diante do vermelho tão fel

Parece que me gritam aos ouvidos

As almas guardadas ali

Sofrendo em um abrasador destino

Inesperado tal qual assim

Talvez essas almas sofridas

Que poderiam ao futuro ensinar

Agora choram comigo

Em brasa viva a matar

Façam as chamas crueis cessarem

Maicon Lopes
Enviado por Maicon Lopes em 02/09/2018
Reeditado em 22/08/2019
Código do texto: T6437807
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