O amor é o que não era.

Meu amor é trilha que se perde.

É a fala calada e tomada contra si.

Era um olhar castanho que chovia.

Todo o meu cansar...

Era o tilintar dos copos rasos.

A prerrogativa de questões infundadas.

Era meu medo exalando perfume.

E todos os meus prantos vívidos.

O meu amor é tempo que se esvai.

E toda minha saudade nomeada e endereçada.

Era a saudade dos dias nublados.

E todo meu amor passageiro.

Amor é e era.

Todo o meu pesar.

Amor é e era.

Todo o nosso lar.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 21/09/2018
Código do texto: T6454902
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