Pra onde vão as estrelas

Espero-me por vezes em casa, onde no meu canto, eu canto.

Onde me dispo das desventuras que é viver

Nessas cedas esfarrapadas

Que faz meu riso desmerecer

Esgoto-me fácil

De conversas vazias sem começos e sem fins

Tiro-me o peso

Dessa perfeição que em mim não cabe

Deixo de lado a camisa de força

E me livro dos entraves,

Dessas vãs pinturas

Que carregam minha imagem

Quando tenho medo

Escondo-me nas cortinas

E pelas suas transparências

Vejo de longe o mundo em ruínas

E fico a pensar

Pra onde vão as estrelas

Quando o céu está sombrio..

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 04/10/2018
Reeditado em 04/10/2018
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