Paralelos Concorrentes

Final do verão; início da primavera.

A noite mais romântica do ano.

Em algum canto de um mundo confuso,

Entrelaçam-se em danças almas sedentas.

Salão vermelho; gestos pré-determinados.

Roupas de gala; ares de cortesia.

Sugam até a última gota de vinho,

Ávidos por fulgor; sôfregos por prestígio.

Limites estão abertos, mas não acredite que é real.

Os olhos – olhando tão friamente,

Condenam a falha e buscam pela perfeição:

Nunca será alcançada.

Lutando e culpando;

Eles não sabem muito mais.

Assusta e excita.

O passado repete a si mesmo.

Isso vai mais a fundo.

Ousa-se saber o que está escondido?

Atrás do superficial e externo,

O que nenhum olho irá enxergar...?

Raiva... ela queima entorno de todos.

Então, o abuso é apenas fraqueza.

Por que tão profundo...?

Por que terrivelmente perdido...?

(...)

Por que diante dela?

Sobre o que eles estão falando?

(...)

A voz dela cheia de compaixão.

Ela está advertindo...

Uma vítima das escolhas.

Saída e escape.

Reúna as partes separadas,

Emoções despedaçadas.

Esta é a rebeldia dela: o tormento vindo dele.

O episódio final de terror e dor,

A luta entre todos nós: abuso e esperança.