Vida amarga de um negro escravo

Trancado nessa senzala,

sobre amargura e dor,

vivo a vida acorrentado,

pelas mãos dos malfeitor;

Tenho ódio do homem branco,

e muita sede de vingança,

desejo chicoteà-lo,

com um chicote de trança;

Já não durmo mais a noite,

sinto-me sem valor,

meu coração está partido,

dizimado do amor;

Na madrugada tranquila,

escravo da solidão,

fico triste desejando,

sair dessa maldição;

De manhã bem cedinho,

me obrigam à trabalhar,

e tomando chibatadas,

eu me pego a clamar;

Minh'alma clama socorro,

minha neglitude abolição,

e como escravo atordoado,

clamo pela compaixão;

Será que há saída,

da tremenda escravidão?

ou será que é pra morrer,

sem a honra do caixão?

Jeferson Siminato Oficial
Enviado por Jeferson Siminato Oficial em 25/10/2018
Reeditado em 27/10/2018
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