O Perfume da Rosa

Olá, meu amigo, como vai?

Falo-te hoje sem o fel da poesia...

Fá-lo-te agora pois há muito sabia:

Fá-lo-ia algum dia...

Conheces-me o amargor da escrita?

Peço-te: nem um sussurro meus repitas!

Envenena-me o sono perceber que acreditas...

São mentiras... poemas em cio... fezes que crio...

Não! Não me concedas a dor de acreditar-me!

Enganei-te! Não te ocultes à beleza de viver...

Perdoa-me... Não te insultes à vileza do sofrer...

Por que não olhas à tua volta? Sorria...

Continua existindo o perfume da rosa...

Continua insistindo a ternura, teimosa...

Marco Aurélio Leite da Silva
Enviado por Marco Aurélio Leite da Silva em 12/09/2007
Reeditado em 24/05/2008
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