Lágrimas de sangue!

Quão triste pode ser a ingratidão sentida por uma mãe

Quão triste pode ser o desprezo de um filho

Quando aquele ser que ela mais dedicou a vida

Se mostrar frio, calculoso e impiedoso

E teu coração dilacerado reclamar por justiça

Mostrará o amor que sempre fora duvidoso

Serás vítima de uma cruel injustiça

Serás infeliz, pois não obteve o amor

O amor deveras sonhado e por muito desejado

No qual o destino uma peça lhe pregou

Óh, minha amada mãe

Como sofro em te ver chorando pelo incessante clamor

Choras pela ingratidão e pela humilhação

Ao ver que todos pra ele têm valor

Exceto sua existência nesse mundo de horror

Ele esquece que foi você que lhe deu a vida

E vive os dias infeliz e a sentir tamanha dor

Óh, minha mãe amada, minha rainha

Queria eu poder te tirar do peito

Essa tristeza que invade teu viver a cada dia

Essa miséria de amor que imploras

De um filho soberbo, quanta agonia

Pudera eu poder te ajudar

Acalentar teu coração frio e trazer-te a harmonia.

Talvez essa culpa seja minha

Por te amar mais do que minha própria vida

Por isso ele te ignora e te maltrata

Por não saber aceitar nossa alegria

Queria poder te trazer de volta a felicidade

A felicidade que somente na infância existia.

Se soubesse que se eu não existisse

Ele te amaria de coração aberto

Tiraria minha própria vida

Para você o ter sempre por perto

Mas aí te traria outra dor

E dor é o que não quero ver em teu peito por certo.

Viviani Borghezan
Enviado por Viviani Borghezan em 30/10/2018
Reeditado em 30/10/2018
Código do texto: T6489818
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