Despedida

O sangue escorre em punho pálido

Oh lembrança maldita

Ainda mais esse tormento

Não bastava a dor da vida

Não penso,

Não grito...

Nesse momento, não existo

Tu odiavas em mim a alma fria

Eu em ti a covardia

Então cuidou de se vingar

Me destruir, me castigar...

Lágrimas correm mas sou forte

Meu coração lateja a dor da morte

Enquanto teu corpo rijo

Jaz inerte no chão frio

Quanto a mim apenas resta

O que me deixaste de herança mórbida

Guardar cada momento

Nas gavetas da memória

Não foi com um beijo ou um abraço

Que me disseste teu adeus

Foi com um envelope e teu retrato

Pra me lembrar dos olhos teus

Abro o presente com cuidado

Meu luto por ti ardia

Era uma carta de amor e uma rosa...

...molhada de poesia.

Sarah Angel
Enviado por Sarah Angel em 03/11/2018
Reeditado em 28/07/2019
Código do texto: T6493820
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