Despedida
O sangue escorre em punho pálido
Oh lembrança maldita
Ainda mais esse tormento
Não bastava a dor da vida
Não penso,
Não grito...
Nesse momento, não existo
Tu odiavas em mim a alma fria
Eu em ti a covardia
Então cuidou de se vingar
Me destruir, me castigar...
Lágrimas correm mas sou forte
Meu coração lateja a dor da morte
Enquanto teu corpo rijo
Jaz inerte no chão frio
Quanto a mim apenas resta
O que me deixaste de herança mórbida
Guardar cada momento
Nas gavetas da memória
Não foi com um beijo ou um abraço
Que me disseste teu adeus
Foi com um envelope e teu retrato
Pra me lembrar dos olhos teus
Abro o presente com cuidado
Meu luto por ti ardia
Era uma carta de amor e uma rosa...
...molhada de poesia.