Ansiedade

Ansiedade...

O sufocante medo do dia-a-dia...

Terrível angústia, choro frio e velado,

Dia e noite, noite e dia, corroente fobia...

No peito um aperto, desesperado, abraçado,

Tão triste o concerto, um cantar desgraçado,

A mágoa do estar não não ser um alguém,

A solidão do sonhar uma ilusão que não vem...

Viver é saber que a morte virá,

O destino de tudo, do todo a verdade,

O engano final: o final da ansiedade...

Dissonante é o acorde na harmonia do fim,

Um arpejo tão forte, a sinfonia ruim,

A espera da morte florescendo em mim...

Marco Aurélio Leite da Silva
Enviado por Marco Aurélio Leite da Silva em 14/09/2007
Reeditado em 24/05/2008
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