Preso em um boteco

Ombros curvados e cotovelos no balcão

Os dedos deslizam pelos copos

Cada lástima é uma borda marcada

E seu sorriso então fora engolido

Ao leve toque de suas mãos

O uísque gela automaticamente

A cerveja espuma suas angústias

E o vinho anestesia as dores fantasmas

Os ponteiros desdobram-se sob o tempo

Ele é incapaz de distinguir noite de dia

Seus medos afogam-no em mágoas

E o doce da cidra barata arde em sua garganta

Chove do lado de fora do bar

Mas ele parece não se importar

Sempre chovera em seu peito

Então qual o sentido de se preocupar?

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 14/01/2019
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