PEÇAS EXPOSTAS
 
Não se rodeie ao rancor do passado,
Nem se arraste a ansiedade futura,
Seja o agora, que se é processado...
Não há vida eterna, só a alma dura.
 
O presente é agora, tempo não se doma,
A felicidade, é presente dado a esmo,
O que foi dado, não se guarda em redoma,
A vida é amar, rir, chorar e sofrer mesmo.
 
Não sei como foi montado esse jogo,
Não vem um manual, de como viver,
Não é como as peças de um lego,
Não é simples, fazer e tão logo desfazer.
 
Carregamos tantos pecados, de outrora,
Há quem sofra, sem cometê-los agora,
Mas, fica preso na dor desse passado,
Como se pagasse por outro condenado.
 
Por que pregam a dor e o sofrimento?
Em rituais nas basílicas celestiais,
Depois, acusam Deus sem ressentimento,
Como se tudo fosse lástimas normais.
 
Seria, o ser humano apenas um fantoche,
Uma descarga das energias dos deuses,
Ou, apenas somos peça para deboche,
Expostas, para os deleites dos fariseus.
 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 10/02/2019
Código do texto: T6571766
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