Solidão

O triste amargor da solidão

Só é comparável ao aborto de uma quimera...

Assassínio velado de nascente emoção,

A covardia que alivia... a mentira sincera...

Solitários... assim são todos os desprovidos de vulgaridade...

Perdidos, sofrem à busca da íris de sua imagem...

Choram gotas de amor sobre o ardor da estiagem...

Suplicam calados por alguém, na multidão da cidade...

Mas semblante algum se lhes faz em carinho

Pois de si próprios são prisioneiros na secura,

Fazem da esperança qual fria ilusão de ternura,

Um sonho, uma fantasia, outro frustrante caminho...

Marco Aurélio Leite da Silva
Enviado por Marco Aurélio Leite da Silva em 19/09/2007
Reeditado em 24/05/2008
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