Solidão
O triste amargor da solidão
Só é comparável ao aborto de uma quimera...
Assassínio velado de nascente emoção,
A covardia que alivia... a mentira sincera...
Solitários... assim são todos os desprovidos de vulgaridade...
Perdidos, sofrem à busca da íris de sua imagem...
Choram gotas de amor sobre o ardor da estiagem...
Suplicam calados por alguém, na multidão da cidade...
Mas semblante algum se lhes faz em carinho
Pois de si próprios são prisioneiros na secura,
Fazem da esperança qual fria ilusão de ternura,
Um sonho, uma fantasia, outro frustrante caminho...