Vida seca

Lá onde lateja a moleira dos pequeninos, as lastimas alimentam-se das carcaças ambulantes, e apreciam os talhos do sol no solo, com as faces lívidas e as pérolas nas covas.

Os miúdos passos marcam o pó da terra com rastos arrastados, o choro é apenas o soluço incessante, a fonte antes abundante não jorra mais.

O miserável já é indolor, resta-lhe apenas levantar as magras palmas e pedir o indulto.

O cotejo continua, a sepultura é seu próprio lar.