Telas na costa
Oh!Espinhos da flor-de-lis!
Arraigados em minh'alma,
ferindo meu lúgubre amor;
espelho da dor de meus dias.
Paredes desprovidas de cor
pintam uma doce histeria
na tela vazia ao dispor,
no esboço da minha agonia.
Insólitas ondas cegas
escrevem na areia da praia,
sobre a solidão das flores
que costuram suas saias,
na grande aurora sem cores,
no calor de alheias falhas.