Mortificação do deleite
Adentrando minhas entranhas,
Enraizado em minha alma
Se fortalece a cada amanhecer
Ceifando toda minha vitalidade
A besta abscôndita no armário do coração
Sorri perversamente na obscuridade
Compelindo toda a vivacidade
Remanchando por longos anos sua iniquidade
Devastando sentimentos benevolentes
Proliferando em meu cadáver desalento
Transmutando em carne pútrida
Arrastando amargura pelas ruas
Com seu fétido odor
Incomodando o público com seus semblantes de comiseração.