Minhas Dores

Ah! Como eu queria pôr minhas dores aqui,

Mas elas são tantas e tantas,

Que é quase impossível expressá-las,

Sentir na pele a injustiça soberba,

É mais difícil do que se imagina,

E mais estranho ainda,

Sofrê-la calada e aceita-la.

Ah, mas eu não sou um estranho

Só por ser um solilóquio,

Eu já acho melhor faz tempo,

Andam satirizando-me por aí,

Mas será que eu faço o correto

De não fazer nada nessas horas?

Ou é melhor as engolir e remoê-las no peito?

Desde sempre foi duro para mim,

Atiçava as palavras de dor que eu ouvia,

Dentro do peito as coisas não são como fora,

Tenho já coleções de taças de sangue,

E se alguém me pergunta porque sou assim?

É bem simples responder isto,

As pessoas matam outras sem nem tocá-las.

Ah, mas tem alguém que me acha forte,

Sem nem saber que já perdi todas as forças,

Talvez seja complicado ter a oportunidade

De devolver com moeda enferrujada

Oque fizeste contigo e não fazer nada,

Mas entre sofrer e devolver a dor,

Duvidosamente é melhor sofrê-la.

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 18/07/2019
Código do texto: T6698491
Classificação de conteúdo: seguro