Colecionadora de decepção

Estou me odiando agora

Permitir-me seguir os instintos

Deixei-me ser dominada pelo medo

Comandada pela aventura e adrenalina

Sabia que era errado, não era a hora.

Nós dois sabemos bem disso...

Não me arrependo, mas me dói ver que sempre decepciono as pessoas

Meu comportamento é confuso e contraditório

Você chegou e modificou tudo

Não vê que eu mudei?

Vejo o vidro quebrado no chão, eu estou me cortando com ele.

Sabia que o sangue que sai da ferida é lindo?

É um vermelho tão vivo, dentro de uma pessoa morta...

Eu te machuco, sou ácido meu amor

Que corrói e desfigura tudo aquilo em que toca

Nunca gostei de princesas, não caio no papo

De que sou o orgulho dos meus pais...

Estou me afastando, me afogando no mar de decepções

Ele está escuro e revolto

Acho que meu fim está perto

Não quero que sofra quando eu partir

Não quero vê-lo chorar

Estou sorrindo meu amor

Feliz porque já não sinto dor

Essa indiferença e frieza já não existem mais em mim

Vai viver, ser feliz

As pegadas que deixamos na areia daquela bela praia

Já não existem mais,

A neve já derreteu

A primavera já foi,

O inverno chegou e deixou tudo cinza e com aspecto morto...

Eu estou assim...

Mas ainda há tempo e chance, só peço que escolha rápido

Os minutos passam muito rápido,

O seu tempo está acabando

Tic tac tic tac

Acabou, me joguei do precipício criado por mim

A dor é boa, e a morte está me abraçando como uma mãe

Uma mãe que nunca tive

Uma que sempre corri atrás, mas que era impossível.

Impossível pelo simples fato de ser perfeita

E perfeição não existe nesse mundo...

Rayanne Santos
Enviado por Rayanne Santos em 31/07/2019
Código do texto: T6708897
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