Eu, Filho da Noite

Eu

O filho da noite

Sobrinho da lua

Neto da madrugada

As sombras com quais eu converso

Dizem-me coisas que não entendo

Eu, solilóquio na visão dos outros

Mas amo a escuridão

Não aquela que me fere

Ou aquele vazio escuro no meu peito

E sim aquela que eu vejo

Não posso tocá-la

Senão iria querer abraça-la

Agradecer por ser um dos meus sentimentos

Ela é a minha poesia

A amiga eterna

A lua brilha e expande meu pensar

Me faz olhar e questionar

Contar e somar

Os quadros e tudo que observo

De tudo ela me serve

A noite que vêm até mim

Dorme na palma da minha mão

Pensa juntamente comigo

Traz-me o silêncio preferido

O barulho que ouço todo dia

Não dentro de mim

Que estouraria os ouvidos

De quem os ouvisse

Mas o silêncio que vejo

E sinto

A bela paz interior

Do meu coração

É ela

A noite

O silêncio

A escuridão

A minha melhor amiga

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 03/08/2019
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