SINA DO SOPRO FINAL

Amparo/SP - 13.OUT.1999 ÀS 20:18:27

Caminho, indeferido, entre a multidão

Sorrio e negligencio ao brincar com a solidão

Que me causa insensatez

Ao me mergulhar em penúria e embriaguez...

Extraem-me a fé, roubam-me a alegria

Nada propiciam e condenam minha conduta

Ao que me torno uma inerte estrela-guia

Que por mera conveniência ainda reluta

Aguardando a Velha Senhora, pressentindo sua proximidade

Conformado com sua amenidade

Crendo-se um arcanjo sem asas

Que vê em sua vida como mortuária e definitiva brasa...

Frio na escuridão

Privação de toda e qualquer sensação

Vazio que se perde na vastidão

E o amor, indigno, abandona para sempre meu sarcástico coração...