AMAZÔNIA

Eu vejo a tarde chegar com o sol escurecendo;

Nuvens tornando-se larvas de fogo em céu;

Na tempestade em fúria pelo rasgar do véu;

E o mar afligindo-se na agonia tênue;

Lamúrias! Falácias! Solidão! Explosão!

Os peixes sendo fisgado pela tempestade...

A terra movendo-se na areia movediça;

Árvores caindo no chão bruto do Brasil;

Destroçando espelhos de vidro na selva;

Do concreto armado, descalços, no fogo...

Cheiro de queimado, poeira, pueril descaço;

E lagos a banhar os homens em berços...

Pelos rios de sangue em abandono;

Das margens Plácidas, tristeza!

No esquecido tupi-guarani, terras do sem fim...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 24/09/2019
Reeditado em 24/09/2019
Código do texto: T6752774
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