Silêncios

Silêncios...

Não adianta perder palavras

Tudo se estende em farpas

O som já não existe só silêncios

E estar junto ficou sem graça tenso

Não há abraço nem beijos

Apenas solidão e vazios

O espaço é dividido como prisão

Não se vê empatia ou paixão

A voz ficou muda sem assunto

Cada um perdido em seu mundo

Ficar perto parece pesadelo

No escuro deprimente só tormentos

Silêncios se multiplicaram

Tristezas no coração afloraram

Parece um ciclo que não se fecha

Como a vida pregando uma peça

O Presente parece carrasco constante

Nada anima minha vida meu instante

Silêncios ocupados por músicas

Que parecem que salvam minhas súplicas

De ter a paz a minha liberdade

E eu alço voos longos de felicidade

Na imaginação de um futuro melhor

Longe do caos e do silencio sem cor.

Há esperança na alma

Que mesmo calejada clama

Por um recomeço em outro espaço

Perto de quem envolve como laço

Sem silêncios mas com voz ecoante

Que não escure em silêncio e é presente

Como anjo que protege que salva

E com seu abraço e palavras acalma.

Valéria Lopes

Valéria Lopes
Enviado por Valéria Lopes em 05/10/2019
Código do texto: T6762146
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