Infelicidade
É incrível a dor no peito do infeliz.
Saio na noite nauseabunda
Contemplo o caminhar dessa gente imunda
E percebo que da morbidez, sou um aprendiz
Vou em direção ao centro
Caminho sobre a ponte do São Sebastião
Não sinto ar no meu pulmão
Mas sinto uma dor que vem de dentro
É a tristeza, tresloucado amigo
O sentimento próprio da natureza humana.
Nunca sentirei a calma tibetana
E a paz nunca irá sussurrar em meu ouvido.
E tu, mamífero inferior ?
Sobre o amor, você reflete e explica
Não percebe que em toda sua grandeza empírica
Você não irá conseguir explicar minha dor ?
Minha alma vaga abandonada,
Sofrida, sombria e algoz.
Com certeza, ela só é feroz
Porque nunca foi amada!
Viajo na estrada
Com a dor que me consome
Meu sentimento de homem
Já se foi nessa caminhada...