Infelicidade

É incrível a dor no peito do infeliz.

Saio na noite nauseabunda

Contemplo o caminhar dessa gente imunda

E percebo que da morbidez, sou um aprendiz

Vou em direção ao centro

Caminho sobre a ponte do São Sebastião

Não sinto ar no meu pulmão

Mas sinto uma dor que vem de dentro

É a tristeza, tresloucado amigo

O sentimento próprio da natureza humana.

Nunca sentirei a calma tibetana

E a paz nunca irá sussurrar em meu ouvido.

E tu, mamífero inferior ?

Sobre o amor, você reflete e explica

Não percebe que em toda sua grandeza empírica

Você não irá conseguir explicar minha dor ?

Minha alma vaga abandonada,

Sofrida, sombria e algoz.

Com certeza, ela só é feroz

Porque nunca foi amada!

Viajo na estrada

Com a dor que me consome

Meu sentimento de homem

Já se foi nessa caminhada...

Cardoso de Figueiredo
Enviado por Cardoso de Figueiredo em 28/10/2019
Reeditado em 15/02/2020
Código do texto: T6781276
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