Poema sem nome I
Vazio, escuro, sem luz
Coração
Tenta enganar, tenta sentir
O sentido que não se sente
O que te salva do presente?
Prefiro sair.
Procurar algo.
O que prende impede de ir
São linhas que devem riscar
Riscando cair
Nas mãos
De quem finge ser feliz
E gosta de ver a chuva
Queria imitá-la
Subir, tão alto,
Cair e desaparecer
Sejam anjos
Fios de informações
Se contorcem de dor, por não poder chorar
As páginas que são preenchidas
Sempre caem
São muitas, mas a vida
Sempre vai
E me deixa só
Com as palavras
Que deveriam ser belas