Vidas Amargas

Dantesco olhar de uma criança que chora ao me ver,

Deitada em sua miséria intransponível...

Esperando que sua sentença se cumpra

Como estarás em felicidade se nunca a tivera em si.

Desejos de morte... Sonhos de ser o que não pode ser,

Desbrava-se a andar em ruas... Calçadas...

Ó maltrapilho andante que cortas os véus da tristeza

Que estão em cada gota de teu suarento corpo.

Nada tenho mais em mim, nem sofrimento, nem solidão!

Carrego a fome que me reveste, que me consome,

Estou amargurado neste silêncio, onde meu semblante!

Esvaece ao meio uma vida que nunca foi minha.

Jeimes Paiva
Enviado por Jeimes Paiva em 04/10/2007
Código do texto: T680276
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.