EU NUNCA
Eu nunca entendi seus laços
Nunca confundi seus traços
Sempre te amei e jamais
Te neguei meus braços
O acaso é a constelação do ódio
A culpa é a celebração do orgasmo
Nunca compreendi por que via
a lua de dia
Porque tinha estrelas também no mar
E por que o céu morava em tua boca
Linda, delícia
O fel que escorre do canto da boca
Não era da sua
A mágoa rasgada no peito
Era minha com certeza
Quisera ter muita coragem e um punhal
em minhas mãos
Resolveria tudo logo, acabaria com o mal
E finalmente me deixaria em paz.