EU NUNCA

Eu nunca entendi seus laços

Nunca confundi seus traços

Sempre te amei e jamais

Te neguei meus braços

O acaso é a constelação do ódio

A culpa é a celebração do orgasmo

Nunca compreendi por que via

a lua de dia

Porque tinha estrelas também no mar

E por que o céu morava em tua boca

Linda, delícia

O fel que escorre do canto da boca

Não era da sua

A mágoa rasgada no peito

Era minha com certeza

Quisera ter muita coragem e um punhal

em minhas mãos

Resolveria tudo logo, acabaria com o mal

E finalmente me deixaria em paz.

Bruno Andradi
Enviado por Bruno Andradi em 01/12/2019
Reeditado em 01/12/2019
Código do texto: T6808241
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