Ausência

Na distância de um sonho,

Cravo o meu desejo na tua ausência!

Seguras-me o deslizar do meu corpo no teu

E travas o meu ondular de serpente em ti.

Ofereço os meus seios à brisa dos teus suspiros

E recolho a paixão na ponta dos teus dedos!

Quando chega até mim o aroma do teu desejo,

Misturo-o com o meu

E, embriagada,

Me ofereço!

Escorrego para dentro dos teus braços

E das tuas negações...

A minha pele exala perfumes desconhecidos,

Descontrolados,

Molhados,

E a minha língua lambe a distância que separa as nossas bocas!

Abro, então, as portas ao teu desejo,

Degustas-me impregnada de ti...

Espalhada por nós,

Eu decifro os teus movimentos

No emaranhado inexistente

Das nossas roupas aninhadas no chão!

Goretidias

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goretidias
Enviado por goretidias em 05/10/2007
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