Escarlete

Escarlete

Escarlete,

Tu que nasceste em meados do outono,

contradita e crescendo onde tudo morre.

Tantas mãos, navalhas que te aborrecem,

este solo jamais deveria ter te germinado.

Escarlete,

Mas o rio é quem alimenta tua esperança

e nenhuma navalha poderia te tomar a fé.

Reza e cresce o mato que a mantém salva,

Que te guarda aos cuidados de um amanhã.

Escarlete,

Eu sei que não poderei te salvar do destino,

mas aqui estou a te olhar com sorriso largo.

Eu lamento não ser o herói desta teu conto e

sobra vazio no coração pela minha impotência.

Escarlete!

Escarlete!

Que transpira intencionalmente ar puro ao mundo.

Contradita, tu cresces na direção onde tudo morre.

Victor Cunha

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 06/01/2020
Código do texto: T6835970
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