Flavo Luar

Meu ser errante e flébil,

Segredado sob o atro flavo luar.

Febril cenho, em um rememorar estéril,

Langue e lasso nesse cismar.

Tetro padecer do existir,

No lúrido e atroz ensejo.

Donde o silamento é um vasto carpir,

Em um debalde andejo.

Feral lufada a varrer o meu ser,

No ecoar do pensar a intumescer.

Silente, declino a esse pensar!

Dias algentes e disformes...

Em lembranças níveas e algozes,

No refugo do alvitrar.

Em XI de julho de MMXI. E. V.

Dies lunae.

Marvyn Castilho
Enviado por Marvyn Castilho em 17/01/2020
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